82- Camisa do XV de Piracicaba

A 82ª camisa da coleção, presente da minha concunhada Júlia, vem do interior paulista, da tradicional cidade de Piracicaba, nome de origem tupi guarani que significa “Lugar onde o peixe para”, em citação ao famoso rio da cidade.

A história do time, nos leva ao início do século XX, quando existiam dois times amadores muito fortes na cidade, o Esporte Clube Vergueirense e o 12 de Outubro.

Em 1913, as famílias que comandavam estes times (os “Pousa” e os “Guerrini”) decidiram montar um time para representar Piracicaba. Carlos Wingeter foi escolhido como primeiro presidente, com a exigência de que o nome do time fosse XV de Novembro em Homenagem à data da proclamação da República.

Nascia assim o Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba.

Atualmente, o brasão do time passou por uma reformulação, apresentando-se assim:

Já na década de 20, o clube começou a mostrar sua força disputando os campeonatos regionais promovidos pela APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), mandando seus jogos no Estádio da rua Regente Feijó, hoje, pasmem, transformado em um supermercado! (aliás, vale ler sobre a construção do estádio em www.aprovincia.com/padrao.aspx?texto.aspx?idcontent=377208).

Para quem não teve a chance de conhece-lo, que oficialmente chama-se Estádio Roberto Gomes Pedrosa, a “panela de pressão” do XV:

O XV chegou a sagrar-se campeão regional em 1922.

Na década de 30, disputou o tradicional Campeonato do Interior, do qual sagrou-se campeão, em 1931.

Com o profissionalismo chegando ao futebol, o XV conquistou o 1º Campeonato Profissional do Interior, em 1947, ainda sem acesso à Primeira Divisão.

No ano seguinte, foi bicampeão conquistando finalmente o acesso para a 1a Divisão da Federação Paulista de Futebol.

Assim, em 1949 o XV de Piracicaba estreiava no Campeonato Paulista da Primeira Divisão e logo de cara surreendeu. O time ganhou o Torneio Início da FPF (competição relâmpago que ocorria antes dos campeonatos).

Aqui, um apanhado sobre os troféus históricos conquistados nos primeiros anos de sua história:

E uma imagem do time de 1950:

Abaixo, o time de 1960:

E o do ano seguinte, 1961:

Achei um vídeo interessante deste time enfrentando o Santos:

Como curiosidade, vale citar a excursão que o time fez, em 1964, pela Europa e pela Ásia, jogando na Suécia, na Polônia, na Alemanha, na Dinamarca e nas então repúblicas soviéticas da Rússia, Ucrânia, Moldávia, Cazaquistão e Uzbequistão.

O time de 1965:

Em 1967 mais uma conquista da segunda divisão, trazendo o de volta à primeirona.

Em 1976, foi vice campeão, perdendo o título para  Palmeiras. 

Esse era o time de 1979:

Em 1983, conquistou o acesso de volta para a Primeira Divisão do futebol paulista.

Em 1995 foi Campeão Brasileiro da 3ª divisão, e foi nesse ano que o clube fez sua última participação (até o momento, em 2010) na primeira divisão do futebol paulista.

Depois desceu para a segunda e posteriormente para a terceira divisão.

Em 2005, o time conseguiu voltar para a segunda divisão, porém, novamente foi rebaixado.

Em 2008, o acesso no campeonato paulista da série A3 era mais do que esperado, mas mais uma vez o time não conseguiu… 

No segundo semestre o clube chegou à final da Copa Paulista, sendo derrotado pelo Atlético de Sorocaba no Barão de Serra Negra por 3×2.

O time manteve a base para o ano de 2009, mas… Novamente não deu… O time caiu na fase final da série A3 e o acesso outra vez escapou.

Até que em 2010, depois de um início irregular o XV finalmente alcançou o acesso à série A2.

O time possui váras torcidas como a Torcida Uniformizada Esquadrão Alvinegro e a Super Raça Quinzista.

Manda seus jogos no Estádio Barão de Serra Negra, inaugurado em 1965 em partida contra o Palmeiras, que terminou num 0 a 0, frente a mais de 15 mil torcedores piracicabanos.

O macote do XV de Piracicaba é o Nho Quim, mostrando com orgulho o caráter interiorano da população. Uma pena que atulmente tantas pessoas achem que ser caipira é algo perjorativo. Eu sou caipira!

E já que falamos em “caipirês”, que tal ouvir o hino:

O site oficial do Xv de Piracicaba é o www.xvpiracicaba.com.br e pra quem prefere a linguagem dos blogs, acesse  www.amaiordointerior.com feito pela torcida!

81- Camisa do Ipatinga

A 81ª camisa da coleção vem do Estado de Minas Gerais, da cidade de Ipatinga.

Ipatinga é uma cidade relativamente próxima de Belo Horizonte, e é comum que Atlético Mineiro e Cruzeiro mandem seus jogos no Estádio da cidade, o Ipatingão, quarto maior estádio de Minas Gerais.

Com uma cidade acostumada a vivenciar o dia a dia do futebol e com um estádio desses, era questão de tempo até um clube surgir para defender as cores da cidade. É assim que surge o Ipatinga Futebol Clube.

O projeto Ipatinga Futebol Clube nasceu pela iniciativa de Itair Machado, ex jogador do Atlético e Cruzeiro, que até então vinha atuando no Social F.C., da cidade de Coronel Fabriciano, também do Vale do Aço.

A data de fundação do clube é considerada 21 de maio de 1998, quando a Federação Mineira concedeu ao Novo Cruzeiro Futebol Clube o registro de clube profissional, passando a se chamar Ipatinga Futebol Clube.

O sucesso apareceu rápido. Já em 2005, conquistava o título de Campeão Mineiro, com boa parte do time emprestado do Cruzeiro. O time campeão:

No ano seguinte, perdeu o título para o Cruzeiro, no mata-mata final, ficando com o vice-campeonato por diferença de um gol.

Ainda em 2006, o Ipatinga participou da Copa do Brasil, sendo eliminado nas semifinais da competição, pelo Flamengo, que seria o campeão.

Mas o ano ainda não se acabara e o Ipatinga ficaria em terceiro lugar no Brasileiro da Série C, subindo para a Série B.

E parecia que o Ipatinga estava mesmo predestinado ao sucesso, otime nem esquentou na série B e já no seu primeiro ano conseguiu o acesso à Série A, com um vice-campeonato, para a festa da torcida:

Mas, a festa teve uma parada em 2008.

Já no Campeonato Mineiro, a primeira má notícia. Inacreditável, mas o time que vinha como sensação dos anos anteriores acabou rebaixado.

Pra piorar, em sua estréia na Série A o Ipatinga também acabou caindo para a série B, mesmo com jogadores brigadores, como Pablo Escobar.

Em 2009, o clube começa a se reerguer e se sagra campeão do Módulo II do Mineiro, voltando à primeira divisão estadual, entretanto sua participação na Série B é mediana, e não consegue o acesso.

Este ano, mais uma evolução. O time voltou a disputar uma final do Campeonato Mineiro, mas perdeu o título para o Atletico Mineiro.

O mascote do Ipatinga, escolhido pelos próprios torcedores é o tigre.

O time possui várias torcidas, das quais pode se destacar a Raça Jovem, a Independente Ipatinguense e a Orkutigre, entre outras, quefazem a festa no Ipatingão, ou onde for preciso!

O Ipatinga manda seus jogos no Estádio Epaminondas Mendes Brito, também chamado de Ipatingão, com capacidade para cerca de 24.500 pessoas.

O site oficial do Ipatinga é o www.ipatingafc.com.br

A torcida do Ipatinga faz coro no nosso lema…

Apoie o time da sua cidade!!!

78- Camisa do Olimpia do Paraguai

A 78a Camisa da coleção vem da capital do Paraguai, Assunção, onde fica localizado, entre outras coisas, o belo Palácio Presidencial. É sem dúvida um dos muitos lugares onde ainda estaremos para conhecer a cultura futebolística local!

O time dono da camisa é o Club Olimpia, uma das primeiras agremiações de futebol do país (senão a primeira) fundado em 25 de julho de 1902, por um grupo de jovens paraguaios.

Na hora de decidir o nome, alguns queiram “Paraguay”, outros “Esparta”, mas a idéia vencedora foi sugestão do holandês William Paats, considerado o Charles Miller do futebol paraguaio.

A primeira camisa do time era toda negra, com o nome “Olimpia” em branco, no peito.

O clube já conquistou 38 títulos nacionais, além de vários títulos internacionais, que lhe renderam o apelido de “Rei de Copas“. Entretanto, atualmente não levanta um caneco nacional desde o ano 2000.

Para se ter ideia da importância histórica do Olimpia, o time foi um dos fundadores da “Liga Paraguaya de fuútbol”, em 1906. Seis anos depois, em 1912 conquistou seu primeiro título nacional.

A partir da década de 50, o time conquistou grande domínio no futebol paraguaio.

Foi nessa década que se construiu o Estádio onde o time manda seus jogos, o Estádio Manuel Ferreira, nome do presidente da época.

Também conhecido como “El Bosque de Para Uno”, o estádio tem capacidade para cerca de 15 mil pessoas.

O Olimpia conseguiu um recorde ao vencer cinco campeonatos nacionais, entre 1956 e 1960, sendo que o de 1959, de maneira invicta.

Em 1960, o Olímpia disputou a final da primeira Libertadores de América, contra o Peñarol, conquistando o vice campeonato, com o time abaixo:

A década de 70 e 80 trouxeram os “anos dourados” do clube, graças às surpreendentes conquistas internacionais, e também por um novo recorde em campeonatos nacionais, com um hexacampeonato (de 1978 a 1983).

A primeira conquista de Libertadores veio em 1979, quando também conquistou o título intercontinental.

No fim dos anos 80, mais uma final de Libertadores,desta vez contra o Atlético Nacional, da Colombia, que acabou derrotando a equipe paraguaia nos penaltys.

Coincidentemente, no ano seguint, os dois times se enfrentaram na semifinal, mas desta vez o vitorioso foi o Olimpia, que pela segunda vez sagrou-se campeão da Libertadores, dando lhe o direito de disputar com o Milan o título mundial, conquistado pelos italianos.

Enquanto isso, mais um tetracampeonato nacional, entre 1997 e 2000.

Em 2002, no ano do seu centenário, mais uma glória internacional, a terceira Libertadores, vencida contra o São Caetano, nos penaltys:

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Seu maior rival é o Cerro Porteño. 

Outro detalhe fantástico, é que atualmente o Makanaki (ex jogador do Ramalhão) joga por lá e é um grande ídolo da torcida!

Se liga nele marcando um gol:

Para conhecer um pouco de sua torcida, recomendo o site www.labarradelao.com.py da sua principal barra. Mas só pelo vídeo abaixo da para se perceber que estamos falando de mais uma hinchada apaixonada!

O site do Olimpia é www.olimpia.com.py/

Por hora é isso!

Abraços!

76- Camisa do Figueirense

A 76ª camisa da coleção novamente nos remete à Santa Catarina, mais especificamente à Florianópolis…

A camisa pertence a um dos mais tradicionais times do estado, o Figueirense!

O time foi fundado em 12 de junho de 1921 por Jorge Albino Ramos  e um grupo de amigos apaixonados por remo e pelo futebol, num momento em que o futebol passava por um momento de declínio em Florianópolis.

O nome Figueirense Futebol Clube foi uma homenagem ao local onde se reuniam para planejar a criação do clube,  a localidade da Figueira, onde por muito tempo havia uma enorme figueira .

Uma dos primeiros times que se tem registro iconográfiuco é o de 1924:

A década de 30 foi a década em que o maior número de títulos foram conquistados.

Um jogador que marcou a época foi Carlos Moritz, conhecido como Calico. Foi o jogador que por mais tempo vestiu a camisa do Figueirense.

Abaixo, Calico em foto no fim da década de 90. Ele viria afalecer no ano 2000.

A Década de 1940 também foi marcante na história do alvinegro, com novos títulos estaduais e Campeonato da Cidade.

Em 1945 o empresário e desportista Orlando Scarpelli, durante seu mandato como presidente do clube, doôu ao Figueirense a área onde seria construído o Estádio que leva seu nome, e se o Estádio é bem conhecido, que tal conhecer o Orlando original? Aí está…

Os anos 50 foram marcados pelas obras de construção do Estádio e consequentemente, houve  uma seca nos títulos.

A década seguinte truxe logo de cara a inauguração parcial do Estádio do Figueirense, em 1960 com o jogo: Figueirense 1 a 1 Clube Atlético Catarinense.

Nos anos 70, o Figueirense conquistou a vaga para disputar o brasileirão, tornando-se o primeiro clube catarinense a fazê-lo. Torcida e jogadores não podiam acreditar!

Assim, em 1973, o Figueira disputou o brasileirão com o time abaixo:

Além disso, nos anos 70, conquistou dois estaduais. O de 1972, tendo a taça levantada pelo capitão Casagrande:

E o de 1974, com o time abaixo:

A década de 80 levou o Figueirense à Taça de Prata, em 1985 e à Segunda Divisão do Campeonato Catarinense, em 1987.

Já os anos 90 trouxeram mais um título estadual, em 1994 e no ano seguinte o título do Torneio Mercosul, disputado por clubes catarinenses, paranaenses, uruguaios e paraguaios.

Em 1999, chega ao clube um modelo de gestão, focado na reorganização e modernidade administrativa, como presente, o clube conquista o Campeonato Catarinense, fazendo a final contra o seu maior rival Avaí. O time que venceu foi este aí abaixo:

A primeira década do século XXI trouxe logo de cara mais três estaduais (2002, 2003 e 2004), além do Vice-Campeonato da Série B de 2001, que garantiu o time de volta ao brasileirão do ano seguinte.

Daí em diante, parecia que o Figueirense havia acertado o pé!.

Passariam pelo time o atacante Evair, os meias Fernandes e Sergio Manoel, além do sempre polêmico Edmundo, o Animal.

Em 2006, veio mais um Campeonato Catarinense .

Mas o grande momento ainda estava por chegar. Em 2007 o time chegou à final da Copa do Brasil, contra o Fluminense. No primeiro jogo, um 0x0 em pleno Maracanã…

Mas… no jogo de volta, uma derrota em casa fez o sonho de disputar a libertadores ir por água abaixo…

Em 2008, outro título estadual, enfrentando na final, o Criciúma.

Entretanto, para a surpresa de todos, no final do ano o clube foi rebaixado à Série B do Campeonato brasileiro, onde está até o momento (ano de 2010).

Já que falamos sobre o Estádio Orlando Scarpelli, achei algumas fotos do estádio pela net, veja que bela cancha:

O Estádio está localizado no bairro Estreito, na parte continental da cidade de Florianópolis.

Sua capacidade é de 19.069 pessoas, mas já chegou a receber 26.660 pessoas em 1975, no jogo Figueirense 0x1 Vasco/RJ.

E por fim, uma mostra do fanatismo e dedicação de sua torcida:

O site oficial do clube é: www.figueirense.com.br

Apoie o time de sua cidade!

Na série A, B, C ou D…

56- Camisa do FBC Melgar de Arequipa

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A 56a Camisa de Futebol vem do Perú, da cidade de Arequipa, que fica a 2.300 metros de altitude, num vale da cordilheira dos Andes. A cidade teria sido fundada em 15 de Agosto de 1540, pelo explorador espanhol, Francisco Pizarro, no local de uma antiga cidade inca.

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O time dono da camisa é o FBC Melgar Arequipa. FBC é a sigla de Foot Ball Club.

O FBC Melgar foi fundado em 1915, por um grupo de jovens que se reuniam no Parque Bolognesi, hoje Parque Duhamel para jogar futebol. Nasceu como “Juventud Melgar“.

Além do futebol a união destes jovens se deu em torno da música, principalmente por Mariano Melgar, cantor romântico que deu origem ao nome do time. Eram tempos de boemia juvenil, que não tem mais o mesmo valor hoje em dia, mas que ainda ressoam como ecos distantes pela cidade…

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O FBC Melgar é o clube mais querido de Arequipa, por ser o único da região que se mantém na primeira divisão, desde 1971, quando conquistou a Copa Perú. Só pra ficar claro, esse é um clube “provinciano”, ou seja, não está na capital (Lima), o que faz as coisas serem muito mais difíceis.

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O time é considerado a 4a força do futebol peruano, pelas boas campanhas que já realizou, e por isso, possui uma grande torcida.

Faz com o Cienciano (já mostrei a camisa dele, veja aqui!), clássico de maior rivalidade, por serem os clubes de províncias como maiores torcidas no Perú. Aliás, existe um site muito legal feito pelos torcedores: www.hinchasfbcmelgar.com .

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Bom, vale lembrar alguns pontos da história do clube. Em 1919, viaja pela primera vez a Lima para participar de um torneio amistoso.

Em 1930 fez uma turne pelo Chile, sua primeira apresentação internacional.

Em 1937, representou o futebol do sul do Perú no campeonato nacional, terminando na posição 9 da tabela.

Aliás, pelo fato do time ser da região sul, o time é chamado de “O leão do sul”:

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Dando sequência na história do time, em 1962, foi Campeão da Segunda Divisão de Arequipa, e em 1964 conquistou o título da primeira divisão e o bicampeonato em 1965.

Em 66, o fato que mais marcou foi terem enfrentado o Santos de Pelé:

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Nesse ano, graça ao seu prestígio na região, foi convidado pela Ferderação Peruana a disputar o primeiro Campeonato de Futebol descentralizado. No plantel do time que disputou esse campeonato, existiam dois brasileiros, Puglia y Oliveira, e o FBC Melgar terminou em 8o lugar.

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Em 1971, conquistou a Copa Perú.

Outro título importante foi o conquistado em 1981 (única vez que um time do interior realizou o feito). No jogo final, o time rubronegro só precisava de um empate para sair campeão do Estadio Nacional de Lima, frente a 35 mil torcedores adversários, e com um 1×1, conseguiram o título e o direito de disputar a libertadores de 1982.

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Na Libertadores de 1982, caiu no grupo do também peruano “Municipal” , além dos paraguaios “Olimpia” e “Sol de América”, sendo eliminado ainda na primeira fase, graças a uma fórmula que só dava sequência ao primeiro colocado do grupo. (veja mais informações sobre esta libertadores aqui: www.rsssf.com/sacups/copa82.html)

Em 1983, chegou ao vice campeonato, e mais uma vez com o acesso à Libertadores, do ano seguinte, onde caiu no grupo dos times da Venezuela, e acabou novamente se despedindo ainda na primeira fase.

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O time foi Campeão da “Regional Sul” oito vezes nos anos seguintes ( 81,82,84,86,90-I, 90-II, 91-I y 91-II).

O mais legal é que sempre se montou o time com jogadores locais, da região de Arequipa, bem diferente do que se faz aqui pelo Brasil.

O primeiro estádio do FBC Melgar foi o “Campo de Santa Marta”, hoje, um presídio.

Assim como muitos clubes no mundo todo, o FCB Melgar enfrentou diversas crises economicas corredo por vezes o risco de desaparecer.

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Manda seus jogos no Estádio Mariano Melgar, com capacidade para 20 mil torcedores, e foi um dos estádios utilizados no Campeonato Sulamericano Sub 17 de 2001. Que tal uma olhada no estádio?

Abaixo algumas fotos que encontrei pela net:

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O site oficial do time é www.fbcmelgaraqp.com .

Pra quem gosta de vídeos, existem uma porção deles no youtube, segue abaixo um que mostra um pouco da torcida do time:

Boa sorte ao Melgar!

55- Camisa do Palestra São Bernardo

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A 55a camisa de futebol do nosso blog é de um dos times mais antigos do ABC. Foi um presente do amigo Renato Ramos, presidente da Fúria Andreense, e fã do futebol da nossa região. Detalhe para as mangas compridas que deixam a camisa com uma cara ainda mais legal!

Trata-se do Palestra São Bernardo, que representa a cidade de São Bernardo do Campo. Se quiser ler mais sobre o time, vale a pena dar uma olhada no post que eu fiz sobre o jogo contra o Desportivo Brasil.

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São Bernardo é o “B”, do Grande ABC, berço das montadoras, do sindicalismo, do hardcore (daqueles que não se faz mais) e da minha educação (fiz ETE e Metodista).

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O Palestra Itália de São Bernardo foi fundado em 1° de setembro de 1935, por um atleta do rival Esporte Clube São Bernardo.

Filho de italianos, Alfredo Sabatini mostrou o famoso “sangue quente italiano” ao fundar o time, após não ser escalado num amistoso contra um grande clube paulistano. 

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Óbvio que com este nome o  clube representou a grande colônia italiana da cidade,e assim como ocorreu com Cruzeiro, Coritiba e Palmeiras, na época da Segunda Guerra Mundial, foi obrigado a mudar sua denominação, retirando o “Itália” do nome, tornando-se o Palestra de São Bernardo.

Seu maior rival é o Esporte Clube São Bernardo, considerado o time dos afortunados, enquanto o Palestra seria o clube de massa, cuja torcida era formada em sua maioria por funcionários das fábricas moveleiras, que formariam a famosa “rua dos móveis” (Rua Jurubatuba).

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Seu antigo Estádio era na Rua Marechal Deodoro, onde hoje localiza-se a Praça Lauro Gomes.

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Assim, o clube encontrou sua nova casa no bairro Ferrazópolis, onde nasceu o Instituto Palestra de Educação e Cultura (IPEC), o primeiro clube-escola do Brasil.

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Em 1985, o historiador Ademir Médice (gente boa pra caramba, esse cara!), que escreve para o Diário do Grande ABC, publicou o livro Palestra de São Bernardo – Meio Século, como presente pelo seu Jubileu de Ouro.

Entre 1950 e 1951, o Palestra disputou a Segunda Divisão do Paulista.

Em janeiro de 1974, o time enfrentou o Santos de Pelé, perdendo por 4×0. E em 1975, foi a vez do Corinthians, de Rivelino aportar no ABC para enfrentar o Palestra. Iria demorar alguns anos até que em 1990, o Palmeiras viesse fazer o duelo dos “Palestra Itália”.

O clube ficou bom tempo em recesso e só voltou a jogar profissionalmente em 1986, na Terceira Divisão.

Depois, em 1992 voltou a fechar suas portas, só voltando a disputar o profissionalismo em 1997, quando foi vice-campeão da Série B1-b, a então 5a divisão do paulista.

Em 2005, a diretoria do Palestra endoidou e tentou “remodelar” o clube, mudando suas cores, escudo, mascote e hino. O time passaria a se chamar PSB (sigla para Palestra São Bernardo), e o verde seria substituído pelo vermelho.

Felizmente, em 2006 o time voltou a se chamar Palestra e em 2008 o Palestra voltou as cores de origem, além de ter novamente seu escudo inicial.

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Da época “maluca”, fica o belo hino:

Um dos orgulhos dos torcedores é que o meia-lateral Zé Roberto (Seleção brasileira, futebol alemão, Portuguesa, Santos, entre outros) atuou nas categorias de base do time.

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O time é também chamado de Alviverde batateiro.

Seu mascote já foi um Periquito e agora, um cão São Bernardo.

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Atualmente, manda seus jogos no Estádio Baetão, com gramado sintético, e capacidade de 8.000 pessoas.

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Mas até pouco tempo, mandou seus jogos no Estádio Primeiro de Maio:

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O time perfilado:

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Atualmente disputa a fase final Segunda Divisão do Campeonato Paulista, com boas chances de chegar à série A3.

Mais informações, existe um blog feito por torcedores: http://semprepalestrasb.blogspot.com/ e um site (não sei se oficial): www.palestrasb.webs.com/ , ambos valem a pena!

E por fim, algumas imagens das bancadas do Baetão:

52- Camisa do Botafogo (PB)

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A 52a camisa de futebol do blog veio da Paraíba, e foi presente do “seo” Milton, avô da Mariana, que esteve viajando pelas belas e quentes praias da região, este ano.

Joao Pessoa

A camisa pertence ao Botafogo Futebol Clube que defende a cidade de João Pessoa, capital da Paraíba.

Eu conheci o Botafogo “pessoalmente” no ano de 2003, quando o time formou o quadrangular final da série C, contra o rival local Campinense, além do Ituano e do meu Santo André. Esse era o time daquele ano:

botafogo pb 2003

Na ocasião, no penúltimo jogo do campeonato, o Santo André perdeu em casa para o Botafogo, quando uma vitória colocaria o Ramalhão na série B. Mas mesmo com esse resultado, subiriam após a última rodada os dois times paulistas. Foi assim:

Mas lembremos um pouco da história do clube. O Botafogo nasceu numa Assembléia, no dia 28 de setembro de 1931, onde participaram os fundadores Beraldo de Oliveira, Manoel Feitosa, Livonete Pessoa, José de Melo, Edson de Moura Machado e Enock.

Beraldo de Oliveira

Beraldo de Oliveira

O início do time foi humilde, a verba para compra dos primeiros materiais esportivos veio de dona Sebastiana de Oliveira, mãe do então fundador e primeiro presidente do clube, Beraldo de Oliveira.

O time também é chamado de Belo, apelido que nasceu da vibração de um gol do então conselheiro do time  Antônio de Abreu e Lima que gritou o adjetivo com tanta vontade e por tantas vezes, que levou os torcedores a se unirem e gritarem juntos.

O time é o maior vencedor de campeonatos estaduais da Paraíba, com 26 títulos, e essa história de conquistas começa pela extinta Liga Suburbana, quando em 1936 conquistou seu primeiro título decidindo contra o time do Sol Levante. Abaixo, uma lembrança do time campeão daquele ano:

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Logo, o clube se filiou à Liga Desportiva Paraibana, também já extinta e aos poucos foi montando uma equipe forte, com reforços de grandes times como o Palmeiras e o Vasco.  O goleiro Pagé era um dos destaques.

Abaixo uma foto da equipe que conquistou o Paraibano de 1957:

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Até os anos 70, o Botafogo era alvinegro, mas graças a José Flávio Pinheiro Lima um sãopaulino que assumiu a presidência do Botafogo, o vermelho foi acrescentado às cores do time em homenagem ao time tricolor.

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Abaixo imagens que achei de um jogo do time de 1976, contra o Fluminense:

Em 1982, o Botafogo-PB foi apelidado pela revista Placar, como o “Matador de Tricampeões”. Essa denominação surgiu devido as vitórias sobre o Flamengo e o Internacional no Brasileirão. Esses dois clubes chegaram à competição como tricampeões de seus estados e foram derrotados por um dos melhores elencos da história do Belo.

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No ano de 1998, o Botafogo realizou uma de suas melhores campanhas no futebol estadual de todos os tempos. Campeão dos 3 turnos, disputou a final contra o Campinense, diante de um público de 44.268 pessoas. Sagrou-se campeão com um 2×0.

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Mas o Campinense não é o maior dos rivais do Botafogo. Esse cargo fica para o Treze que possui uma boa torcida no estado. Juntos fazem o “Clássico Tradição“, disputado desde o início da década de 1940.

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O Mascote do Botafogo é o Xerife, e segue a versão criada por Juarez Corrêa, um dos maiores desenhistas de mascotes de times de futebol.

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O Botafogo possui uma bela loja oficial na praia de Tambaú, em João Pessoa onde vende vários produtos e serve também como ponto de encontro para os torcedores em dias de jogos.

Manda seus jogos no Estádio Almeidão, com capacidade de 40 mil alvinegros.

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As duas últimas fotos do estádio eu peguei do excelente blog do pessoal do “Jogos Perdidos“.

Uma coisa interessante é que para alguns estudiosos, houve um erro na contagem do Gol 1000 de Pelé, e na verdade ele teria acontecido no amistoso contra o Botafogo, em 14 de novembro de 1969. Encontrei um vídeo sobre este jogo:

Maiores informações sobre o time, acesse o site oficial: www.botafogopb.net

O time possui várias organizadas, como a “Torcida Jovem do Botafogo” (1997), a “Torcida Organizada Império Alvi-Negro” (2004), a  “Torcida Organizada Fogomania” e a G.R.S.C. ONG. Bota Paz nos Estádios (2008). Existe também um site bem completo feito por torcedores: www.belonet.net.

Há um vídeo bem legal que aparentemente foi feito pelo pessoal desse site:

Além disso, existe um livro lançado em sua homenagem, chamado “Memória do Botafogo”, do professor Raimundo Nóbrega.

E vale comentar a homenagem feita pela ESPN (a mesma que eu critiquei aqui) no fantástico programa Loucos por Futebol:

Pra terminar, normalmente comemoramos um gol do time junto da torcida, mas que tal inverter e comemorar um gol da torcida no Almeidão?

49- Camisa do Santa Cruz

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Após tantos posts sobre camisas da Europa, já estava com saudades de falar de um time bem brasileiro! E por isso, a 49a Camisa de Futebol pertence ao glorioso Santa Cruz Futebol Clube, clube da bela cidade de Recife (PE).

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Fundado no dia 3 de fevereiro de 1914, por um grupo de jovens, o nome do time é uma homenagem à Igreja de Santa Cruz, em cujo pátio costumavam jogar, já que naquela época não existiam campos.

Possui enorme rivaliade com outros dois clubes que já passaram pelo nosso blog. São eles, o Sport , com quem faz o “Clássico das Multidões” e com o Náutico, com quem disputa o “Clássico das Emoções”.

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Possui um grande número de conquistas estaduais. Até 2009 são 24 títulos.

Mas, assim como tantos times que já passaram aqui pelo blog, o Santa Cruz tem seus altos e baixos, desde o princípio. Aliás, para mim, o que faz um clube ser respeitado é exatamente sobreviver aos maus momentos.

O Santa sempre foi polêmico, contestador.

Desde cedo, possuia em seu elenco jogadores negros, o primeiro deles, ainda no início do século XX, foi Teófilo Batista de Carvalho, o “Lacraia”.

Hoje parece sem sentido, mas era uma coisa rara naquela época. Por esta e outras atitudes do clube, o Santa foi se tornando cada vez mais popular.

E para caber toda essa gente, na década de 1970 foi inaugurado o estádio “José do Rego Maciel”, ou como é mais conhecido, o “Arruda”.

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A partida inaugural do Arruda ocorreu em 1972, contra o Flamengo (RJ), terminando em um empate sem golsdiante de 47.688 pagantes.

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Hoje, o Arruda é um grande aliado do time, com sua torcida marcando presença, independente da colocação do time, nas tabelas.

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Em 1975, o Santa chegou a semifinal do Campeonato Brasileiro depois de ter eliminado o Palmeiras (na época a “Academia”) e o Flamengo, em etapas anteriores. Perdeu a vaga para a final para o Cruzeiro, em jogo marcado pelos erros de arbitragem do famoso Armando Marques. Abaixo a foto do time da época, retirada do excelente blog: www.blogdosantinha.com .

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Seu mascote é a cobra coral, com as já imortais cores do time, mas vale lembrar, que o Santa Cruz nasceu alvi-negro, só adotando depois o vermelho para se diferenciar de seu rival local da época, o Flamengo.

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Se por um lado o time está sempre na briga pelo título estadual, o mesmo não pode ser dito sobre o torneio nacional, prova de que também no futebol, existem reflexos da desigualdade social entre as regiões do nosso país.

Após uma boa participação nas décadas de 70 e 80, o Santa Cruz passou um tempo na Segundona e só em 1999 a torcida coral pode comemorar o retorno à Série A do Brasileirão, com o Vice-campeonato da Segundona.

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Outro acesso memorável à série A, aconteceu em 2005, quando o time terminou como Vice-campeão da competição.

Entretanto, em 2006 começou um novo calvário para time e torcedores. Na série A do Brasileiro, o Santa acabou rebaixado para a Série B novamente.

Em 2007 , além de não ir bem no Campeonato Pernambucano e ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, teve uma campanha pífia na série B, levando o clube para a Terceira Divisão do Brasileiro de 2008.

Em 2008, novamente foi eliminado da Copa do Brasil, na primeira fase, e teve de disputar o Hexagonal da Morte do Campeonato Pernambucano, para se livrar do rebaixamento estadual. Na Série C, sua última chance do ano para se recuperar, fez o impensável… Foi rebaixado para a então criada série D, que inauguraria-se em 2009.

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O Santa Cruz disputou em 2009 a recém-criada Série D, mas não passou da primeira fase, ou seja, futebol agora, só em 2010 (e escrevo isso ainda em julho).

Veja um pouco da história do clube no vídeo feito em homenagem aos 95 anos do Santa Cruz.

É sem dúvida uma das fases mais complicadas do clube, que entretanto consegue contar com sua torcida apoiando não só nos estádios, como fora deles, criando associações e buscando métodos para ajudar o clube do coração.

Veja um pouco da torcida do Santa em ação:

O site do clube é: www.coralnet.com.br

Além disso existem vários blogs e outros sites que merecem destaque, como o www.loucospelosanta.com.br e o já citado www.blogdosantinha.com.

Boa sorte, Santa Cruz!

48- Camisa do Olimpique de Marseille

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A 48a Camisa de futebol é do Olympique de Marseille, clube de futebol que disputa a 1a divisão do futebol francês, representando a cidade de Marselha, uma das principais cidades do país.

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A frase Droit au But, abaixo do escudo significa “Direto ao gol” e é frequentemente gritada pelos seus torcedores.

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O Olympique foi fundado em 1899, o que o torna um dos clubes mais velhos da França ainda em atividade.

Assim como muitos outros clubes de cidades portuárias, surgiu graças à chegada de estrangeiros vindos do mar, no caso deles, foram os ingleses que trouxeram o futebol em seus navios e implantaram o novo esporte no município.

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A agremiação foi criada depois que dois times da cidade fecharam suas portas (Sportin Club of Marseilles e Football Club of Marseilles) oferecendo um novo espaço ao futebol e também ao rugby.

No início, ocupava-se apenas com a disputa de torneios regionais de menor importância, mas o “OM“, cresceu na década de 1920, quando venceu a Copa da França por 3 vezes (1924, 1926 e 1927), além de seu primeiro campeonato francês (1929), rompendo a hegemonia dos clubes parisienses.

Outro período de muitas vitórias foi o fim dos anos 60, início dos 70, quando venceu a Copa da França (1968/69,  1971/72 e 1975/76) e a Ligue 1 (1970/71 e 1971/72). Abaixo uma foto dos anos 70:

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Na temporada 1979/80 foi rebaixado, retornando apenas em 1984. A partir daí, o time voltou a pensar (e ser) grande.

Em 1986 montou um timaço com nomes como Jean Pierre Papin, Didier Deschamp, Rudi Voller, Eric Cantona, entre outros.

Assim, o Olympique de Marselha conquistou 4 títulos da Ligue 1 consecutivos entre 1988/89 e 1991/92.

Na temporada 1990-91, o Olympique chegou a final da Liga dos Campeões da UEFA, mas foi derrotado pelo Estrela Vermelha, da Iugoslávia, nos pênaltis.

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Naquele dia, o hooliganismo imperou…

Duas temporadas depois, o Olympique levantou a taça num jogo que venceu o Milan por 1 a 0.

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Acusações de corrupção financeira e participação de diretores num esquema de manipulação de resultados tiraram a tranquilidade do clube que acabou rebaixado à Ligue 2 para a temporada 1994-95.

Por isso, também deixou de participar da final do Mundial Interclubes daquele ano, que foi disputada entre o vice-campeão europeu Milan e o campeão sul-americano, o São Paulo.

Só voltou a Ligue 1, 2 temporadas depois e desde então vem tentando recuperar seu prestígio.

Chegou a final da Copa UEFA de 2003-04, depois de bater adversários como Internazionale, Liverpool e Newcastle, mas foi derrotado na final pelo Valencia da Espanha.

Em 2005 venceu a Copa Intertoto, mas sua torcida já cobra há algunão voltou mais a conquistar um título de expressão. Terminou a temporada 2007/08 da Ligue 1 na terceira colocação, classificando-se para a fase preliminar da Liga dos Campeões.

De 1899 a 1937, o “OM” jogou no Stade de l’Huveaune. Ele foi reformado no início dos anos 1920, graças à ajuda financeira dos torcedores e tinha capacidade para 15.000 torcedores.

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A partir de 1937 o clube passou a utilizar o estádio municipal Stade Vélodrome, com capacidade de 60.031 lugares, um dos maiores e mais belos estádios da França.

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O site do clube é http://www.om.net/

Para acabar, um pouco do sentimento das arquibancadas celestes do time:

44- Camisa do Brasil de Pelotas

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A Camisa de futebol número 44 é a Camisa do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas, que comprei na mesma loja que peguei a da Ulbra, pela bagatela de R$29,90, ótimo preço por se tratar de material oficial.

Como o cara da loja é gente boa e ainda acompanha os jogos do Ramalhão, vai aqui o fone dele, já que não tem site: (011) 4432-3063, sempre tem coisas boas a preços especiais por lá, fale com ele.

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Mas falando do Brasil de Pelotas, o time foi fundado em 7 de Setembro de 1911, ou seja faltam apenas 2 anos para a grande festa do centenário.

Assim como outros clubes que já retratamos aqui no blog, o Brasil de Pelotas nasceu de uma divergência dentro de outro time, no caso, o Sport Club Cruzeiro do Sul, formado por funcionários da Cervejaria Haertel.

Diz a lenda que tudo foi por causa de um desentendimento de um pequeno grupo que estava colocando uma cerca no campo, enquanto outro permanecia em campo, jogando e negando-se a ajudá-los.

Putos Chateados com isso, o grupo que estava trabalhando decidiu montar um novo time. Como a fundação do novo time se deu no dia da independência, as cores da camiseta seriam verde e amarela.

Isso gerou o primeiro motivo de rivalidade com o E.C.Pelotas, que tinha seu uniforme azul e amarelo, muito parecido com o deles.

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Pra evitar maiores problemas, o pessoal do Brasil decidiu adotar o vermelho e preto, alusão às cores do Clube Diamantinos.

 

O Brasil de Pelotas é também chamado de Xavantes, graças a um jogo, de 1946, contra o Esporte Clube Pelotas. O E.C. Pelotas seria campeão em caso de vitória.

O primeiro tempo ia acabando e o placar indicava 3 x 1, em favor do E. C. Pelotas. Pra piorar, o Brasil teve o zagueiro “Chico Fuleiro” expulso. Indignados, os jogadores do Brasil interromperam o jogo, o técnico chegou a ameaçar tirar o time de campo. Mas, a própria torcida ficou nas arquibancadas, fazendo com que a partida recomeçasse.

Após tanta confusão, o jogo voltou a correr e o segundo tempo viu um Brasil com tamanha gana de justiça que conseguiu virar o placar para 5 x 3, transformando se na mais famosa vitória do time.

Ao fim do jogo, a torcida rubro-negra invadiu o gramado, atropelando o alambrado que ficava ao lado das arquibancadas.

O fato foi chamado de a INVASÃO DOS XAVANTES (esse era o ítulo de um  filme em cartaz na época, em Pelotas).

A partir daí, a torcida adotou a figura do índio xavante, como símbolo do time.

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O material sobre o time na internet é muito vasto. Destaque para o site do time: www.brasildepelotas.com , o blog: http://blogxavante.com e o site http://colecionadorxavante.brahmsoftware.com.

O time manda seus jogos no Estádio Bento Freitas, fundado em maio de 1943, e onde cabem hoje 18 mil Xavantes.

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Um ato curioso ocorrido no estádio foi a ameaça do Ministério Público de interdição do Bento Freitas porque a direção do time teria aprovado a venda de bebidas alcoólicas no interior do estádio, nos jogos da Série C, ato proibido por lei.

Em se falando de títulos, vale lembrar que o time conquistou o Campeonato Gaúcho de 1919, e foi Vice em 1953, 1954, 1955 e 1983. Além disso, venceram o Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão em 1961 e 2004.

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Em 1985, o time fez história com a Máquina Xavante, time que chegou às semi-finais do brasileiro da série A. Existe inclusive um site contando a história do time: http://www.maquinaxavante.com.br.

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Ah, e foi feito um documentário sobre o jogo contra o Flamengo nesse mesmo brasileirão, confira: 

O ponto mais triste da história do clube, aconteceu no início de 2009, com o acidente do ônibus da delegação, ocorrido há cerca de 300 km de Porto Alegre (no km 150 da BR-392), e que provocou a morte de um dos maiores ídolos do time, o atacante uruguaio Claudio Milar, do zagueiro Régis Gouveia, e do preparador de goleiros Giovani Guimarães, além de ferir outras 20 pessoas.

A equipe retornava de um jogo-treino na cidade de Vale do Sol, onde havia vencido o Santa Cruz do Sul por 2 a 1.

A diretoria do clube até cogitou não disputar o Campeonato Gaúcho de Futebol de 2009, mas assim como na história que deu origem ao apelido “Xavante”, a equipe não desistiu e seguiu em frente.

Abalado psicologicamente e com um time sem conjunto, conseguiu apenas uma vitória no campeonato e foi rebaixado para a Série B 2009.

O uruguaio Cláudio Milar era ídolo da torcida, com mais de cem gols marcados com a camiseta do Brasil. Assista ao centésimo gol, contra o São José, em 2008).

O atacante costumava comemorar os gols homenageando o símbolo do clube, atirando uma flecha para as arquibancadas.

Atualmente o G.E.Brasil possui várias torcidas organizadas como por exemplo Máfia Xavante, Garra Xavante, TOB, Comando Rubro-Negro , TODEX, Camisa 12, Paz Xavante, Mancha Rubro-Negra, , Torcida Independente Rubro-Negra, Torcida Organizada Feminina, Índio Xavante, Torcida Raça Xavante, Gaviões da Baixada.

Ainda em 2009, o time segue disputando a série C do nacional.

Termino o post com uma breve matéria sobre a torcida Xavante, e deixo os meus sentimentos para que o clube consiga superar a dor do acidente de 2009 e em 2010, possa voltar à primeira divisão do Gaúcho, acredito que terá muita gente torcendo por isso, e eu serei uma dessas pessoas! Força Xavante!!!

43- Camisa da Anapolina

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O blog As mil camisas avança para Goiás, estado que ainda não havia sido citado por aqui e que chega com a camisa da Anapolina, a Associação Atlética Anapolina.

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Como o próprio nome sugere, o time é sediado na bonita cidade de Anápolis, 2a maior cidade de Goiás.

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Foi fundado a partir do Anápolis Sport Club, no primeiro dia do ano de 1948.

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É chamada de “Xata“, desde o amadorismo, quando mesmo com um time fraco, sofrendo inúmeras derrotas, se reabilitava com vitórias surpreendentes contra adversários mais bem preparados.

É também chamada de “Rubra“, pela cor do seu uniforme que homenagea o primeiro time de futebol de Anápolis, o Bahia Futebol Clube.

Na Copa de 1966, uma faixa no meio da torcida brasileira acabou chamando a atenção dos cronistas esportivos brasileiros: “A Rubra é Xata!”.

No início dos anos 80, obteve maior acompanhamento da mídia nacional, ao ganhar dois vice-campeonatos goianos (81 e 83), além do vice-campeonato da Taça de Prata de 1981 (a Série B da época), e pela participação na série A em 1978, 1979, 1982 e 1984.

Veja abaixo alguns momentos da decisão da Taça de Prata de 1981 contra o Guarani.

O time de 1981:

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O time de 1982:

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Porém, os últimos bons resultados que alcançou foram o vice-Campeonato Goiano de 2000 e a disputa das semifinais de 2006, terminando em terceiro lugar.

O mascote do time é a Fenix (ainda que o desenho abaixo não seja beeeeeeeeem uma fenix), mas alguns citam a madame X e a “velha”.

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Possui a mais antiga torcida organizada do Centro Oeste, a “TOR-Torcida Organizada Rubra”, além da Torcida Organizada Rubra 2° COMANDO, fundada em 2008  e que tem fama de torcida mais fiel do interior goiano.

A Rubra manda seus jogos no Estádio Jonas Duarte, o “Caldeirão Colorado”, que tem capacidade de 17.000, mas que por uma determinação da federação, só pode comportar, no máximo 9.000 torcedores. É um belo Estádio!

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Além do Jonas Duarte, a Anapolina ainda usa o Estádio Zeca Puglisi, que por falta de estrutura e capacidade não recebe jogos, apenas treinamentos.

O clube ainda detém uma imensa área, chamada de CT Lourdes, que ainda precisa de maiores cuidados, utiliza para treinamentos o CT do Renascer, e antigamente usava também o Campo do Mago.

A Anapolina tem como grande rival, o Anápolis,único campeão goiano (1965) da cidade.

Seu site oficial é o www.aaanapolina.com.br mas até ontem (21 de junho de 2009) ainda estava em construção.

Possui também um site não oficial com muita informação, histórias e imagens: http://arubraexata.vilabol.uol.com.br/.

Vale lembrar que um ex goleiro que jogou no Santo André (meu time) jogou pela Xata, trata-se de Josenildo.

Josenildo

Além disso, não poderia deixar de citar a passagem de Túlio “Mara-rubra” pelo time na saérie B de 2004.

Pra terminar, sinta na pele o que é ser um torcedor da Xata, gritando pelo time em baixo do bandeirão da galera da TOR!

38- Camisa do Ulbra

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 A camisa do Ulbra eu consegui numa promoção numa loja aqui no centro de Santo André. Paguei R$ 29,90, e é oficial. Se alguém se interssar e quiser saber de mais promoções (sempre rola coisas loucas lá), o fone da loja é (011) 4432-3063, e eles não tem site.

O detalhe mais engraçado da camisa está nas costas. Não sei se vai dar pra ler, mas como um dos patrocínios é um medicamento, existe quase que uma “bula” no fim da camisa, a que ponto chegamos, hehehe:

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O Sport Club Ulbra foi fundado em26 de janeiro de 1998, e pertence à Universidade Luterana do Brasil (descobriu o signigficado da sigla ULBRA?). O site do time é www.ulbra.br/esporte

Está sediado na cidade de Canoas, aliás, é o único clube da cidade que participa da Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho e da Copa do Brasil.

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A Ulbra segue um modelo de gestão bastante incomum para o futebol no Brasil, e que só estamos acostumados a ouvir falar nos Estados Unidos, é a gestão que mistura o esporte com a Faculdade.

O departamento de futebol do clube foi criado em 2001, e já no ano seguinte conseguiu o título da terceira divisão do Campeonato Gaúcho, ao vencer o RS Futebol nos pênaltis por 7 a 6. Vale dizer que a Ulbra participou do campeonato em conjunto com o Canoas Futebol Clube, outro importante clube de Canoas.

Aliás, como o nome do clube é o nome de uma empresa (a Universidade), é comum ver a mídia referindo-se ao time como Canoas.

Na Série C de 2002, conseguiu chegar à 5º colocação.

Em 2003, ingressou na elite do futebol gaúcho, junto com o Novo Hamburgo, após ter vencido o Grêmio Bagé por 3 a 2 e assim ganhar o Campeonato Gaúcho da Segunda Divisão.

O estádio da Ulbra foi o palco da final do Campeonato Gaúcho de 2004, quando disputou contra o Internacional o título do Gauchão. O jogo decisivo ocorreu em 4 de junho, a Ulbra iniciou vencendo, mas acabou levando a virada por 2 a 1. Veja os gols (o vídeo não tem som….)

E falando em estádio a Ulbra manda seus jogos no Complexo Esportivo da Ulbra, um moderno complexo de esportes sediado na cidade de Canoas. A capacidade é para 10 mil pessoas e a proprietária do Complexo é a Universidade Luterana do Brasil. O maior público do time foi de 7 mil pessoas, em 2004, na decisão do título do Campeonato Gaúcho.

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Embora represente a cidade de Canoas na elite do futebol gaúcho, sua imagem está muito ligada com a universidade, o que acaba limitando um pouco a presença da torcida. Chegou a ter duas organizadas: a Império Jovem e a Povão Tricolor (extinta em 2007).

A maioria dos torcedores são canoenses que torcem para o Grêmio e para o Internacional, mas que comparecem ao estádio para apoiar o time da cidade.

A Universidade, chegou a tentar algumas ações para trazer mais público, e enviou ônibus gratuitos para os bairros mais populosos da cidade de Canoas, fazendo assim que seu público aumentasse, principalmente em jogos decisivos.

Entretanto, a estratégia não funcionou muito bem, já que começaram muitas reclamações de torcedores que pegavam esses ônibus e ao invés de assistir ao jogo ficavam no campus assediando as alunas da universidade, hehehe, é mole?

Assim, a Ulbra segue com recordes negativos de público, na série C de 2007, por exemplo, chegou a ter públicos como 13 pessoas (contra a Roma Apucarana), 25 pessoas (contra o Paranavaí) e 38 pessoas (contra o Villa Nova -MG), no Gaúchão 2009 o jogo entre Ulbra e Inter-SM teve 25 presentes.

Ao menos em 2009, o time mostrou que é bom de briga… ou … quase bom…

Segundo uma reportagem do jornal Zero Hora, a Ulbra tem apenas um torcedor que torce apenas pelo clube. Trata-se de Lauro Paetzer. Vale a pena ler a matéria sobre ele aqui.

O mascote do time é o Leão “Jubão” (quer adicioná-lo no orkut, fique a vontade:http://www.youtube.com/watch?v=XmEAcpEHt24)

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Enfim, a Ulbra é mais um exemplo da diversidade de gestão e características do futebol brasileiro, que a tv não mostra. Bos sorte ao time!

Rolê de natal

Há 3 meses estou devendo contar um pouco das minhas duas últimas viagens de 2008 (natal e fim de ano), então tomo vergonha nacara pra contar sobre o lado boleiro da nossa viagem natalina de 2008.

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Tinhamos pouco tempo, já que queríamos passar a noite de natal (24/12) com a família da Mari, em Cosmópolis, e o almoço do dia 25 com a minha, em Santo André. Assim, decidimos fazer um rolê curto, pelo interior de São Paulo até o sul de MG.

Saímos do ABC, e após uma parada em Cosmópolis (de onde ainda apresentarei o Cosmopolitano Futebol Clube) fomos para São João da Boa Vista.

Foi lá que entrevistei o Paulinho Mclaren, se não viu a entrevista, veja abaixo um trecho ou assista inteira aqui.

Fomos conhecer a sede da Sociedade Esportiva Sanjoanense. Se eu conseguir a camisa deles, mais tarde faço um post sobre o clube que em 1947, enfrentou o Flamengo em um amistoso, onde o time carioca goleou por 6 x 1.

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O campo possui um belo gramado, e é um apena a Esportiva ter se desligado do futebol profissional.

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De São João da Boa Vista, fomos para Águas da Prata, pequena e bela cidade, onde a água fala mais alto que o futebol.

Ao menos descobri, pelo amigo Gabriel, que lá existe um time de rugby amador. A foto abaixo mostra uma das fontes com destaque pra minha camisa do Moleque Travesso.

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Após beber um monte de águas com sabores, cheiros, temperaturas e recomendações diferentes, e tomar banho em umas duas cachoeiras, segui para Poços de Caldas.

Antes mesmo de buscar um hotel, fomos conhecer o Ronaldão, estádio onde a Caldense se sagrou campeã mineira em 2002. Assim como a maioria dos estádios brasileiros, o Ronaldão está mal conservado, mas mantém todo seu charme e valor.

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Nem bem deixei as coisas no hotel fui conhecer o clube da Caldense, que fica ali no centro da cidade. Muito bonito, e aparentemente bem gerido, o clube apresenta o mesmo problema da maior parte dos clubes que misturam o lado social com o futebol. O pessoal do social parece não entender que existe um time, com admiradores que não são necessariamente sócios, mas que gostariam de ver uma sala de troféus ou ao menos comprar uma camisa.

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Passei por um pequeno calvário, mas consegui. Se quiser saber mais sobre o time, leia o post que fiz sobre a camisa aqui.

Ao menos, na saída do clube, fui informado que a cidade possuia desde 2007 um novo time, o Vulcão (leia sobre a camisa aqui). E pude perceber que se a Cadense representa aquele amor tradicional as origens do futebol em Poços, o Vulcão apresenta o lado da novidade, da gestão mais popular, mais midiática, mais planejada. REsumindo, agora a cidade conta com um belo derby.

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Ah, vale lembrar que o bicampeão Mundial Mauro Ramos de Oliveira é nascido em Poços de Caldas, e tem uma estátua na cidade (ok, foto de turista hehehe):

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Bom, claro que não foi só de futebol meu passeio. Aproveitei o clima, subi montes, entrei em cachoeiras, comi doces, aproveitei a última sessão do cinema da cidade, transformado em igreja no dia seguinte (ainda postarei essa história aqui) e pude comprovar algumas das maravilhas que fazem de Poços uma cidade turística tão legal.

Último dia de trabalho...

Último dia de trabalho...

Bom, mas o natal se aproximava e era hora de começar a voltar. Corri para dar tempo de conhecer um pouco mais das cidades entre Poços de Caldas e Cosmópolis, e assim, fomos tomar café da manhã em Espírito Santo do Pinhal.

Aproveitamos pra conhecer os estádios da cidade, onde jogou o Ginásio Pinhalense de Esportes Atléticos, cuja camisa eu não tenho e estou a procura.

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Os estádios são o Dr. Fernando Costa e o Estádio Municipal Prefeito José Costa que surpreende pela capacidade e porte.

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Achei uma pequena trilha atrás do estádio que por um instante parecia levar a alguma maravilha da natureza, mas que pra nossa tristeza, acabou nos levando a uma oficina mecânica, graças às pedras da estrada que conseguiram quebrar nosso carro.

Traumatizados pelo incidente, decidimos dormir em Mogi Guaçú, cidade que nasceu às margens do rio que lhe empresta o nome. Aliás, nome indígena, Tupi Guarani, que significa “Rio Grande das Cobras”. O time da cidade é o Clube Atlético Guaçuano.

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Fomos conhecer o Estádio Alexandre Augusto Camacho, o campo do Guaçuano, um estádio pequeno (capacidade de 5 mil pessoas) e que tem tudo pra se transformar em um alçapão se a torcida comparecer. 

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Rodando por algumas lojas de material esportivo, consegui uma camisa do time, que em breve publico aqui. Fiquei triste em saber que o time está passando por muitas dificuldades pra seguir no profissionalismo, infelimente uma coisa comum aos clubes do interior.

Só pra não deixar passar, o que eu achei mais curioso na cidade foi o número de anúncios de fogos der artifício espalhados via faixas, cartazes, lambe-lambe e até out-doors.

O fim do passeio era iminente, e aceleramos para poder passarmos por Mogi Mirim, antes de comemorar o natal.

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Afinal, eu já havia até ganhado uma camisa do Gabriel, lá em São João da Boa Vista, e precisava nomínimo tirar uma foto do papa. O belíssimo Estádio Papa João Paulo. E assim fizemos.

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Já era quase noite do dia 23, e ainda conseguimos avistar o Estádio Municipal de Artur Nogueira, o Balneário Guilherme Carlini, mas já não haviam pilhas na máquina pra fotografá-lo. Faremos isso em breve.

Bom, daí, foi só curtir o Natal em Cosmópolis com a família da Mariana e seguir pra Santo André, almoçar com a minha família. Mas… o ano ainda não havia acabado e eu continuava de férias, o que pedia uma segunda aventura…

26- Camisa do Poços de Caldas F.C., o “Vulcão”

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Enquanto alguns aproveitaram o final de ano pra descansar, curtir uma praia, e esquecer do dia-a-dia, eu procurei traduzir meus anseios por novidades no mundo da bola em duas viagens pelas proximidades de São Paulo que fiz com a Mariana.

Prometo em breve fazer um post contando essa história, mas por hora vou contar sobre um time que até então, ainda não conhecia e fui apresentado nos últimos dias de 2008.

Trata-se do Poços de Calda F.C., ou simplesmente “Vulcão”, time da deliciosa cidade de Poços de Caldas. Aliás, o apelido do time é esse exatamente porque a cidade está situada numa cratera de vulcão, já extinto.

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O jeito que cohecemos o time foi bem engraçado. Após eu visitar o estádio Dr Ronaldo Junqueira, vulgo “Ronaldão”, decidi passar no clube que pra mim era o dono do estádio, a Caldense.

Lá chegando, após certa dificuldade consegui a camisa da Caldense (depois conto essa história num outro post , aguarde!), e um cara que acompanhou meu calvário disse “Olha, eu também coleciono camisa, e acho que vale você saber que tem outro time aqui na cidade, o Vulcão

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Engraçado né? Em pleno território da Caldense, um simpático torcedor me indicava o endereço do bar do Vulcão, onde reunem-se torcedores do time (é ali naquela avenida principal, a João Pinheiro, no número 710, na entrada da cidade).

E lá fomos eu e a Mari conhecer um novo time. O bar é um exemplo para os times daqui de São Paulo. Tem tudo para os torcedores. Camisas (modelos femininos inclusive), DVDs (enquanto o Santo André negou-se a fazer um DVD sobre o acesso à série A do brasileirão, eles fizeram um sobre o acesso ã 2a divisão mineira), adesivos, poster do time, enfim… Tudo o que um bom marketeiro poderia planejar.

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Além disso, a “velha guarda” do time estava por ali reunida. Opa… Velha guarda?? É até difícil chamá-los assim, primeiro porque era uma moçada bem jovem e segundo porque o próprio time é super recente.

Juntos, assistimos alguns DVD’s mostrando a história do acesso e apresentando os diversos projetos do time, que envolve dos menores carentes até a terceira idade.

Bom, o time foi criado em 2007, relembrando o antigo Poços de Calda F.C., que surgiu em 1934, e teve uma breve existência. Possui uma excelente estrutura, com centro de treinamento, e um belo trabalho de marketing. Seu mascote é um Quatí.

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As cores da camisa são bem diferenciadas. Laranja, preto e cinza, numa combinação única no futebol brasileiro, pelo que me lembre.

O grande rival do Vulcão é a Caldense. Veja algumas cenas do último clássico:

Bom, então assim, descobri que o estádio Ronaldão é também a casa do Vulcão, possui capacidade de 10 mil pessoas, veja algumas fotos:

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O site oficial do time é: www.pocosdecaldasfc.com.br

Se você ficou com vontade de saber como deve ser assistir um jogo do Vulcão, não passe vontade:

Fica aqui nosso cumprimento pela maestria com que vem sendo conduzido o time, e com a hospitalidade que fomos tratados. Vamos ver se esse ano aparecemos por lá pra ver um jogo!

25- Camisa do Colo-colo

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Mantendo acesa a chama da união e admiração pelos times da América do Sul, é hora de mostras as 2 camisas do Colo-Colo. Ambas foram presentes, a branca, minha mãe trouxe em 1996, se não me engano, e a preta meu irmão, Murilo quem me deu.

Aproveito para mandar um abraço pros meus amigos de lá do Chile, Pedrácula e o Pepe, quem sabe um dia estaremos por aí pra assistir algum jogo juntos.

Bom, falando do time, o Club Social y Deportivo Colo-Colo, ou “Los Albos” é da cidade de Santiago e é um dos considerados grandes clubes do Chile e da própria América do Sul.

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Foi fundado em 19 de Abril de 1925, por David Arellano, além de fundador e liderança, também jogador e capitão do time.

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Sua camisa traz as cores branco, simbolizando a pureza e o preto,  representando a seriedade.

Seu nome é uma homenagem ao cacique Colo-Colo, herói indígena da tribo Mapuche que lutou contra os espanhóis no século XVI e que foi conhecido por sua grande inteligência. Até por isso seu mascote (que aparece no distintivo) é um índio e alguns chamam o time de “El Cacique”.

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Este vídeo mostra um pouco da história do clube:

O primeiro título conquistado veio em 1926, de forma invicta, ainda durante o período do futebol não profissional no Chile, que iria iniciar apenas na década de 30.

“Los Albos” foi o primeiro clube chileno a excursionar pela Europa, em 1927. Neste mesmo ano, uma tragédia acaba marcando a história do clube, a morte do ídolo David Arellano, devido a uma pancada que recebera em um jogo. Desde então, o Colo-Colo tem uma tarje preta acima de seu escudo em sinal de luto.

Seu primeiro título profissional veio em 1937, novamente de maneira invicta, com a equipe abaixo:

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Em 1947 disputou o Campeonato Sulamericano (a pré história da Libertadores), que teve como campeão o Vasco da Gama.

Em 1973, a equipe alcança seu auge (até então). Chegou à final da libertadores estabelecendo médias de 40 mil torcedores em seus jogos. Era a primeira vez que uma equipe chilena chegava à final de um torneio internacional. Pra tristeza dos hinchas chilenos, o Independiente (Argentina) sairia campeon.

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Realizou o sonho de ter um grande estádio próprio em 1989, quando foi inaugurado o Monumental David Arellano.

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Em 89/90/91 conquistaram o tricampeonato nacional, e pra coroar ainda mais a boa fase, em 91, após deixar pra traz equipes como o Nacional (Uruguay), Boca Junors e Olímpia do Paraguai, o Colo-Colo sagrou-se campeão da Libertadores de América.

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Relembre como foi a final:

Depois, acabou perdendo o Mundial para o Estrela Vermelha (adorava esse time!) da Iugoslávia.

Em 1993 ainda conquistariam a Recopa sobre o Cruzeiro.

O site oficial do time é: www.colocolo.cl , e se quiser ouvir o hino, clique aqui.

E pra quem gosta de participar, vejam a hinchada em ação:

Abraços e até a próxima camisa!!

24- Club Sportivo Cienciano

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 Que camisa, não? Ah, o futebol pela América do Sul é mesmo muito louco.

Um dia desses, eu começei a pensar em como conseguir camisas de times de países de menor integração cultural com o Brasil e pensei: “Se eu estivesse em qualquer lugar do mundo, eu sempre teria um jeito de conseguir camisas dos times brasileiros”, e assim tive a idéia de buscar na internet pessoas que trabalhassem pela divulgação da cultura peruana no Brasil.

Assim, encontrei o sr Júlio, da Casa da Cultura Peruana, e liguei contando sobre o blog. Por sorte, ele estava com viagem marcada e em menos de 2 meses, estava com 4 camisas peruanas em mãos.

A que vou mostrar hoje é a do Club Sportivo Cienciano, clube que possui o distintivo abaixo:

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Mas que já teve outro distintivo, em vermelho e carregando subliminarmente a imagem de um burro, mascote de time:

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O time é da belíssima cidade de Cuzco, que fica na região dos Andes a 3.400 m de altitude.

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O clube, também conhecido como “Los Imperiales”, nasceu em 1901, inicialmente era o time da faculdade de ciências da Universidade de Cuzco, que só foi se profissionalizar em 1972.

Apesar da tradição, nunca foi um grande ganhador de títulos. Quer dizer, isso até 2001 quando ganhou seu primeiro torneio Clausura.

Em 2003 ganhou maior reconhecimento mundial ao vencer heroicamente (com apenas 9 jogadores em pleno Monumental de Nunes)  o River Plate e conquistar a Copa Sulamericana (ainda mal compreendida pelos times e torcedores brasileiros).

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Em 2004, disputou e venceu a Recopa jogando contra o Boca Juniors.

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Seu estádio original é o Garcilaso de la Vega, com capacidade para 45 mil pessoas.

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Mas desde 2006 utiliza o Alejandro Villanueva, onde cabem 35 mil hinchas.

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Pra conhecer um pouco da paixão do torcedor pelo time (com a trilha sonora dos meus amigos argentinos do A77aque):

Os 2 maiores sites sobre o time são: http://www.cienciano.org/ e http://www.cienciano.com/ , mas o oficial é o http://www.ciencianoperu.com/

O mascote do time é o mesmo do nosso querido e não menos tradicional Taubaté…. o burro. Calma, é o burro animal, uma homanagem a São Bernardo a quem dizem estar sempre acompanhado de um burro, não acredita? Leia aqui: http://groups.msn.com/clubciencianodelcusco/lamascotadelcienciano.msnw.

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Abaixo uma “intervenção” do burrito quando o Flamengo foi jogar na altitude de Cuzco, borrando se de medo.

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E como sempre, viva uma noite en la cancha:

22: Camisa do América do RJ

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Quem é apaixonado por futebol já deve ter se pego cantando “Hey de torcer, torcer, torcer, hey de torcer até morrer, morrer, morrer…“. É o hino do América do RJ,  que foi imortalizado pela voz de Tim Maia, naquele “legendário” CD dos Hinos da Placar. Não ouviu? Ouça aí (com direito a imagens do time):

Essa camisa quem me trouxe foi o Amauri, que trabalhava na Mãe Terra, na mesma época que eu. Como ele era do comercial, vivia indo pro Rio, pra cobrar venda dos representantes, e em uma dessas idas, pedi a camisa.

 

Falar do América é resgatar tradições, é relembrar velhas e boas histórias. Bom, mas antes de começar a lembrar o passado, vamos aos fatos oficiais. O site do time é www.america-rj.com.br.

 

Seu estádio é o Edson Passos (chamado também de Giulite Coutinho ou até de “Estádio do América”) e foi inaugurado em 2000 no jogo America 3 x 1 Seleção Carioca.  Sorato, do America, feito o primeiro gol no estádio. Tem capacidade de 16.000 espectadores. Vale lembrar que no estado do Rio de Janeiro somente o America e o Vasco têm estádios próprios. Dê uma olhada no estádio:

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O mascote oficial é a “Brasinha”, um diabo vermelho (devido às cores do clube).

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Fundado em 18 de setembro de 1904, o América logo tornou-se referência no futebol carioca e serviu de inspiração para a criação de muitos outros Américas, no Brasil e no exterior.

Teve o seu auge na conquista do Torneio dos Campeões de 1982, que contava com os maiores clubes do Brasil, na época. Conquistou também 7 Campeonatos Cariocas, 1 Taça Guanabara e 1 Taça Rio.

Campeões de 82

Campeões de 82

Seus primeiros uniformes tinhas as cores preto e o branco, somente substituídas em 1908 pela atual e tradicional camisa vermelha e calção branco, como homenagem à Associação Athletica Mackenzie College, de São Paulo, a quem o América havia enfrentado em jogo amistoso interestadual.

 Primeiro uniforme

Uma das histórias folclóricas do clube conta que num jogo do Campeonato Carioca, o americano Belfort Duarte colocou a mão na bola dentro da área, mas o árbitro não viu e não assinalou nada. Pois o honesto atleta se acusou e o pênalti foi marcado, acabou virando nome de prêmio oferecido aos jogadores mais disciplinados, até porque ele nunca foi expulso em sua carreira.

Além disso, poucos sabem, mas em 1914 , o América foi um dos protagonistas da segunda partida com iluminação artificial no Brasil ao derrotar o Vila Isabel por 6 a 1.

Até 1986 disputou todas as edições do Campeonato Brasileiro na Série A e era então, segundo o Ranking da CBF daquela época, a 13ª equipe mais bem classificada na história do torneio.

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 Naquele ano, inclusive terminou o Campeonato Brasileiro em 3° lugar, levando 50.502 espectadores pagantes ao Maracanã na semifinal em que empatou de 1 a 1 contra o São Paulo FC.

 

Em 1987, o Clube dos 13 organizou a tão polêmica Copa União, e excluiu o América da disputa. Em protesto o time  recusou-se a disputar a 2ª Divisão. Começava o calvário do América.

13 anos depois, o clube parecia que iria se recuperar com a inauguração do Estádio e uma reestruturação financeira, fiscal e patrimonial. Chegou a disputar a Copa do Brasil em 2004 e 2005.

Em 2006 o clube foi a grande sensação do Campeonato Carioca: teve a melhor campanha nas fases classsificatórias, foi finalista da Taça Guanabara e também semifinalista da Taça Rio. Na final da Taça Guanabara, contra o Botafogo, estiveram presentes cerca de 45 mil espectadores, o maior público do torneio. Com a terceira colocação, garantiu presença na Copa do Brasil de 2007.

Sua boa fase foi confirmada na Taça Guanabara de 2007, sendo semifinalista novamente, vencendo os clássicos contra Vasco (2 a 1), Fluminense (2 a 0) e Botafogo (2 a 1).

Porém, quando preparava-se para, no Século XXI, retornar a sua trajetória de sucesso, veio 2008. Alguns culpam o técnico Ademir Fonseca, outros culpam as várias mudanças na comisão técnica. Seja lá de quem for a culpa, o América foi rebaixado pela primeira vez em sua história, em 5 de abril. Veja matéria sobre o rebaixamento:

  

Mas se em campo o time vai mal, nas arquibancadas (e nos computadores) sua torcida tem feito bastante coisa, confira alguns sites: http://americafootballclub.com/ http://garraamericarj.vilabol.uol.com.br/ 

Ah, quer participar da comunidade dos torcedores no orkut? www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=246138

Atualmente está bastante difícil encontrar a camisa do América para comprar… As pessoas tem escrito me perguntando onde acho por isso segue um link onde se pode achar: http://www.sofutebolbrasil.com/ch/cat_s/189/190/rio-de-janeiro-america.aspx

Pra terminar, a tradicional vivência de alguns momentos como torcedor do América via youtube:

18- Camisa da Croácia

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Antes de mais nada, vale lembrar que meu avô (Brunoslav Noznica, o “Peruca“, da Vila Alice) chegou ao Brasil como imigrante Iugoslavo, mas a cidade de onde vem sua família  (Antunovac) fica na atual Croácia.

A Seleção de Futebol da Croácia surgiu em 1990, mas só em 1992 tornou-se membro da FIFA, depois de conseguir a independência da antiga Iugoslávia. Se quiser conhecer o hino do país, clique ali-> aqui

Pra quem nunca entendeu a questão da separação Iuguslávia, sugiro um bom livro  chamado “Gorazde – Área de Segurança”, é em quadrinhos, super fácil de ler, mesmo com um tema tão pesado:

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O nascimento do futebol na Croácia, segue mais ou menos a mesma cronologia do futebol brasileiro, nascendo no início do século XX.

Boa parte dos grandes jogadores da Iugoslávia eram da região da Croácia, o que ajudou a e a equipa a subir rapidamente no ranking da FIFA e ganhar a admiração de torcedores no mundo todo.

Jogaram as Copas de 1998 (onde foram 3o colocados, graças a força do elenco, que contava com Robert Prosinecki, Zvonimir Boban e Davor Suker, entre outros), 2002 e 2006 e seguem firme para a de 2010.

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Time de 1998

Tem um brasileiro jogando por lá atualmente, o atacante Eduardo da Silva, mas durante uma partida pelo Arsenal, sofreu uma grava fratura e precisará de 9 meses para se recuperar. 

O atual destaque do time é Niko Kranjcar.

 

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Bom, falar sobre seus torcedores é um pouco dificil. Eles dão shows nas arquibancadas, mas dizem que grupos de extrema direita também frequentam as arquibancadas da seleção e de alguns clubes croatas. 

Inclusive no mesmo jogo que a faixa abaixo (uma das mais belas manifestações anti o tal “futebol moderno”) apareceu, na Eurocopa desse ano, torcedores foram flagrados fazendo manifestações racistas, uma pena.

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Mas, segundo um amigo que esteve na Áustria durante um jogo, o chamdo “torcedor comum” da Croácia é boa gente, cervejeiro e divertido. Olha a festa aí embaixo:

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O site da Confederação Croata de Futebol é http://www.hns-cff.hr/. Adoro essa camisa, principalmente porque estampei meu nome (Noznica) atrás e muita gente me pergunta “É de alguém da sua família??” E eu invento uma história sobre um primo distante que chegou à seleção anos atrás…. hehehe

12- Camisa do V.O.C.E.M.

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A 12a camisa é muito especial, pois é do VOCEM, time de Assis, cidade de origem da minha família por parte de pai.

Atualmente o clube está licenciado do futebol de campo profissional, o que é muito triste pela tradição que esse brasão carrega. Pelo que vi, o nome segue apenas no futebol de salão.

O time foi fundado pelos religiosos da Vila Operário (daí o significado da sigla: Vila Operário Clube Esportivo Mariano), e as cores do uniforme (branco e grená) representam o pão e vinho. Era chamado de “Marianinho”.

Outro fato legal é que meu pai conta que chegou a jogar pelo VOCEM e até ajudar na organização do time (na época restrita ao padre Belini da igreja que ficava em frente a casa da minha vó Luzia, já falecida). Coincidência ou não, o time foi fundado em 21 de julho de 1954 e meu pai nasceu em 22 de julho.

Esses dias folheando o livro “Assis de A a Z”, do Marcos Barrero, li um belo texto contando a fatídica história do VOCEM, que em 1984 chegou ao quadrangular final da divisão de acesso, mas perdeu todos os jogos, sendo o último uma goleada de 7×1 para o Paulista de Jundiaí.

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Achei uma imagem meio distorcida do distintivo do time:

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Enfim, o VOCEM se tornou uma ligação muito especial pra mim, por lembrar minha infância, quando passava o Natal em Assis. Além disso tem uma coisa bem engraçada, o apelido do estádio é Tonicão, e meu avô era chamado de Tonico, e aqui em Santo André, o estádio é o Brunão e meu avô por parte de mãe que aqui vive, chama-se Bruno. Coincidência, não? Em breve prometo um post com fotos dos dois estádios e dos dois vôs.

Abraços!!!

9- Camisa do The Celtic Football Club

Cerveja e futebol!

O Celtic Football Club é uma equipe bastante tradicional no futebol europeu, vinda da Escócia, um dos berços do futebol. O site oficial do time é: www.celticfc.net.

Comprei essa camisa junto da minha namorada, numa loja em Buenos Aires e lembro que paguei bem barato nela.

O Celtic foi fundado em 1888 por padres católicos, que quiseram homenagear os irlandeses que moravam no leste de Glasgow.

Faz com o Glasgow Rangers há mais de 120 anos, um dos clássicos de maior rivalidade no mundo, conhecido como “velha firma”. Isso porque traz para o estádio as diferenças entre Católicos (Celtics) x Protestantes (Rangers).

Por muito tempo, ambos não admitiam que jogadores da religião “adversária” atuassem pela equipe, o que só terminou em 1988 quando o Rangers contratou o jogador católico Mo Johnston (Que chegou a receber ameaças de morte das duas torcidas).

A primeira grande briga aconteceu  em 1909, num jogo com 60 mil pessoas, das quais 180 morreram devido a uma grande briga.

Para se ter uma idéia do fanatismo, os torcedores do Celtic estampam em sua bandeira a imagem do Papa e apóiam o grupo terrorista irlandês: “Ira”!

O Celtic foi campeão da Copa dos Campeões em 1967, vice em 1970, e vice da Copa da UEFA em 2003.

 

Os torcedores do Celtics são conhecidos como os “Billy Boys”. Dê uma olhadinha neles cantando a tradicional “Walk one”, versão de Elvis Presley, é emocionante!

Há pouco tempo lançaram a nova camisa, na cor…. amarela??? É isso mesmo…. Eu prefiro a tradicional:

Seu estádio é o Celtic Park, e pode ver que é um estádio de primeiro mundo. Aliás se a foto abaixo não satisfizer sua curiosidade, faça uma tour virtual: www.wantastadiumtour.com/images/clubs/celticfc/celtic_ft.asp

Uma das camisas que tenho como objetivo em conseguir é a do Rangers, assim que eu conseguí-la posto aqui!