58- Camisa do Radium de Mococa

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A 58a Camisa de Futebol, do Radium Futebol Clube eu comprei dentro do próprio estádio, no intervalo da partida que ganhou de 3×0 contra o Sumaré, no dia 14 de junho, no mesmo rolê em que eu consegui a camisa da Guaxupé.

Como eu não tinha levado dinheiro, só tava com o cartão, o pessoal deixou eu fazer um depósito mais tarde. Confesso que demorei pra pagar porque não encontrava onde tinha anotado os dados da conta dos caras, mas já ta pago!! (meio caro, R$ 50, mas tá pago! hehehe)

Mococa é uma cidade bem próxima do sul de Minas, e ainda consegue manter uma cara de cidade de interior, bem mais tranqüila que a correria que estou acostumado aqui no ABC ou em São Paulo.

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O Radium é bem conhecido, mas confesso que briga de igual para igual com os deliciosos doces de leite para saber qual o “bem” mais importante da cidade.

doce de leite

No meu caso, Mococa é também a terra de um pessoal punk que era bem gente fina, quem sabe esse post chega até eles. Eu nunca mais tive noticias. Só lembro do nome de um deles, o “Joey”.

Mas falando do time, por que um time com esse nome tão diferente? A resposta é simples, esse foi o jeito que os fundadores arrumaram para homenagear o elemento químico descoberto pela cientista francesa Marie Curie, que pressupunha força, potência e energia.

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Foi fundado em 1º de maio de 1919, e times fundados nessa data (dia do trabalho), sempre possuem forte ligação operária, e provavelmente anarquista.

Manda seus jogos no Estádio Olímpico São Sebastião, com capacidade para aproximadamente 7 mil torcedores.

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Destaque para a lojinha do time, dentro do estádio:

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Em 2009 o clube comemora 90 anos de existência, por isso existe uma série de produtos comemorando o feito, de camisas à cervejas:

Os 90 anos do time tiveram direito até à cobertura da mídia:

O time é bem acompanhado pelos moradores da cidade, tem até uma organizada, a Fúria Verde, nascida em 2008, em uma roda de bar em Mococa.

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Disputa torneios profissionais desde 1949, o time daquele ano:

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Teve seu auge no início dos anos 50, quando conquistou o Campeonato Paulista do Interior e a Série A2 em 1950, disputando em 1951 e 1952 a primeira divisão.

Time de 1952:

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Após ficar o ano de 1953 sem competir profissionalmente, voltou em 1954 no então Campeonato Paulista da Primeira Divisão (equivalente a atual Série A2), competição que disputou até 1957.

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No ano seguinte, mais um período longe dos torneios profissionais, com o retorno em 1961 na Terceira Divisão Estadual.

De 1962 até 1976 o clube esteve mais uma vez longe dos campeonatos profissionais, voltando na “Terceirona” de 1977, divisão que permaneceu até 1979, quando ao lado do Amparo e do Lemense conseguiu o acesso à Segunda Divisão de 1980. Ainda neste ano, realizou o primeiro amistoso internacional da história contra a Seleção da Arábia Saudita. Venceram por 4 a 1 .

Time de 1979:

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Em 1988 o clube de Mococa foi rebaixado e disputou por dois anos o Campeonato Paulista da Segunda Divisão (equivalente a atual Série A3), quando em 1990 novamente obteve o direito de subir uma divisão e chegar à Série Intermediária, competição que disputou por quatro temporadas.

Em 1994 disputou o Campeonato Paulista B1A, equivalente à quarta divisão do futebol estadual, e continuou nesta competição até 1996. Nas temporadas de 1997 e 1998 esteve ausente do profissionalismo e no ano seguinte, em 1999, disputou a Série B1B.

Do ano 2000 até 2003 participou do Campeonato Paulista da Série B2 e neste meio tempo, entre 2001 e 2003, esteve presente em três edições da Copa São Paulo de Juniores, sendo eliminado na primeira fase de todas.

Em 2005 passou a competir na Segunda Divisão Estadual.

Seu mascote é o Periquito e é também chamado de “Verdão da Mogiana”.

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Estivemos no Estádio São Sebastião acompanhando Radium x Sumaré, e o Radium venceu por 2×0.

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O placar não conseguiu acompanhar os gols…

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Para quem acha que rock e futebol não combinam, ainda mais no interior, se liga nas chamadas que os caras fizeram pros jogos desse ano, beeeeem roqueira!:

E a galera tem comparecido!

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A vista das arquibancadas revela um horizonte ainda típico do interior, com muito verde, árvores e montanhas… Vendo isso eu me pergunto até quando eu aguento viver no meio de tanto prédio e poluição…

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E como sempre, eu e a Mari imortalizamos nossa presença no Estádio!!

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Estou tentando conseguir o livro “Radium, o verdão da Mogiana”, para conseguir mais informações, mas por hora, quem quiser saber mais, acesse o site oficial do time é www.radiumfc.com.br

Existe também um blog muito legal falando sobre o time:  www.radiumfc.blogspot.com/

Pra finalizar, que tal um rolê embaixo do bandeirão da torcida??

57- Camisa da Esportiva Guaxupé

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A 57a camisa de futebol pertence à Sociedade Esportiva Guaxupé e essa eu consegui do pior jeito possível: pagando.

Ao menos, mais uma vez consegui achar por um bom preço bem razoável: R$ 29,90, numa loja lá em Guaxupé, mesmo.

Guaxupé é uma pequena e muito agradável cidade do sul de Minas Gerais. Estivemos lá em junho e pudemos aproveitar a ótima festa junina no centro.  da ciadade.

A Mari pirou num restaurante que infelizmente não lembramos o nome, mas que fica ali no centro mesmo:

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Achei um vídeo “vendendo” o lado turístico da cidade e posso dizer que recomendo um final de semana por lá, foi uma ótima estadia!

Eu e a mari fomos pra lá dar um relax, e mas já que estávamos por lá, demos um pulo no estádio e por sorte conseguimos bater um papo com a diretoria e alguns integrantes da comissão técnica.

O segundo da esquerda para a direita é o polêmico “Lélio Borges”, que foi muito gente boa conosco e relembrou várias histórias.

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A S.E. Guaxupé foi fundada em 12 de março de 1952,e é um ótimo exemplo do que o futebol moderno faz com times “fora dos grandes eixos”.

Depois de ter chegado a disputar a primeira divisão mineira, de 1975 até o início dos anos 80, disputa hoje o “módulo II” do Campeonato mineiro (existem ainda o módulo I e a primeira divisão).

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Manda seus jogos no Estádio Municipal Carlos Costa Monteiro, inaugurado no início da década de 50 e com capacidade para 6.000 pessoas.

A entrada do estádio é muito loca! Parece que a gente estava entrando numa mistura de vila com parque ecológico.

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A bilheteria fechada é sempre triste, mas ainda assim dá pra ver um pouco do espírito do estádio.

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Do lado de dentro, pode se ver os holofotes e ao fundo uma arquibancada descoberta…

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A estrutura que separa o campo da torcida não é lá muuuuuuuuito resistente…

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O gramado apresentava condições muito boas, mesmo numa época de frio (era inverno, lembre):

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Ali ao lado direito, pode se ver a arquibancada coberta:

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No dia em que estivemos por lá, havia um jogador do continente africano que acabara de chegar para fazer uns teste no clube. Os demais jogadores disseram se assustar ao vê-lo rezar, já que seus costumes não são lá muito próximos aos dos cristãos…

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É muito difícil encontrar dados sobre a história do clube, que hoje sofre do mesmo mal que muitas equipes tradicionais: perde seus torcedores para os “grandes clubes”, e pela sua localização ainda sofre perdendo torcedores para times de MG e SP.

Assim, o único jeito que encontrei de retratar sua história é por meio de imagens.

Abaixo, o time do fim dos anos 50 e início dos 60, que enfrentou lá em Guaxupé o Santos de Pepe e Orlando Peçanha:

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Daquela época, um dos destaques era o atacante PACHÁ:

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Segundo os dados do site do Milton Neves, Palimércio Nasser, Pachá, nasceu em São José do Rio Pardo, em 19 de outubro de 1934 e logo cedo se mudou para Guaxupé-MG. Ficou famoso como o camisa nove da Esportiva Guaxupé.

Chegou a marcar 6 gols numa só partida (em 1959, contra a Paraisense de São Sebastião do Paraíso).

Hoje, o ginásio poliesportivo de cidade de Guaxupé (MG) tem o nome do ex-atacante.

Abaixo, outras fotos da década de 60, com Pachá no time:

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O time nos anos 70:

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Em 1975:

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Em 1980 conquistou o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão.

Abaixo, foto do time de 1998:

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Atualmente:

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O vídeo abaixo mostra um pouco do triste caminho seguido pela Esportiva Guaxupé, mas que foi feito no final de 2006, antes de volta do time ao profissionalismo e do próprio Lélio Borges (conforme a foto que tiramos mostrou):

A sequência do vídeo:

Num país tão machista, fica um exemplo interessante: em 2008 o clube foi dirigido por Terezinha de Jesus Vaz. Confira a entrevista dela no final do vídeo:

A Torcida Guaxupeana acompanha de perto o time e agora começa a tentar se organizar para apoiar os “Tigres de Minas”. Veja a rapaziada que está formando a “Avalanche Verde SEG“:

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Guaxupé

Quem quiser contatar os caras, acessem a comunidade deles no orkut: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=92803566

Pra finalizar, quer ver como é o momento antes do jogo? Vamos lá!

Boa sorte Guaxupé!

E não se esqueça torcedor: Apoie a equipe da sua área!!!

56- Camisa do FBC Melgar de Arequipa

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A 56a Camisa de Futebol vem do Perú, da cidade de Arequipa, que fica a 2.300 metros de altitude, num vale da cordilheira dos Andes. A cidade teria sido fundada em 15 de Agosto de 1540, pelo explorador espanhol, Francisco Pizarro, no local de uma antiga cidade inca.

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O time dono da camisa é o FBC Melgar Arequipa. FBC é a sigla de Foot Ball Club.

O FBC Melgar foi fundado em 1915, por um grupo de jovens que se reuniam no Parque Bolognesi, hoje Parque Duhamel para jogar futebol. Nasceu como “Juventud Melgar“.

Além do futebol a união destes jovens se deu em torno da música, principalmente por Mariano Melgar, cantor romântico que deu origem ao nome do time. Eram tempos de boemia juvenil, que não tem mais o mesmo valor hoje em dia, mas que ainda ressoam como ecos distantes pela cidade…

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O FBC Melgar é o clube mais querido de Arequipa, por ser o único da região que se mantém na primeira divisão, desde 1971, quando conquistou a Copa Perú. Só pra ficar claro, esse é um clube “provinciano”, ou seja, não está na capital (Lima), o que faz as coisas serem muito mais difíceis.

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O time é considerado a 4a força do futebol peruano, pelas boas campanhas que já realizou, e por isso, possui uma grande torcida.

Faz com o Cienciano (já mostrei a camisa dele, veja aqui!), clássico de maior rivalidade, por serem os clubes de províncias como maiores torcidas no Perú. Aliás, existe um site muito legal feito pelos torcedores: www.hinchasfbcmelgar.com .

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Bom, vale lembrar alguns pontos da história do clube. Em 1919, viaja pela primera vez a Lima para participar de um torneio amistoso.

Em 1930 fez uma turne pelo Chile, sua primeira apresentação internacional.

Em 1937, representou o futebol do sul do Perú no campeonato nacional, terminando na posição 9 da tabela.

Aliás, pelo fato do time ser da região sul, o time é chamado de “O leão do sul”:

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Dando sequência na história do time, em 1962, foi Campeão da Segunda Divisão de Arequipa, e em 1964 conquistou o título da primeira divisão e o bicampeonato em 1965.

Em 66, o fato que mais marcou foi terem enfrentado o Santos de Pelé:

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Nesse ano, graça ao seu prestígio na região, foi convidado pela Ferderação Peruana a disputar o primeiro Campeonato de Futebol descentralizado. No plantel do time que disputou esse campeonato, existiam dois brasileiros, Puglia y Oliveira, e o FBC Melgar terminou em 8o lugar.

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Em 1971, conquistou a Copa Perú.

Outro título importante foi o conquistado em 1981 (única vez que um time do interior realizou o feito). No jogo final, o time rubronegro só precisava de um empate para sair campeão do Estadio Nacional de Lima, frente a 35 mil torcedores adversários, e com um 1×1, conseguiram o título e o direito de disputar a libertadores de 1982.

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Na Libertadores de 1982, caiu no grupo do também peruano “Municipal” , além dos paraguaios “Olimpia” e “Sol de América”, sendo eliminado ainda na primeira fase, graças a uma fórmula que só dava sequência ao primeiro colocado do grupo. (veja mais informações sobre esta libertadores aqui: www.rsssf.com/sacups/copa82.html)

Em 1983, chegou ao vice campeonato, e mais uma vez com o acesso à Libertadores, do ano seguinte, onde caiu no grupo dos times da Venezuela, e acabou novamente se despedindo ainda na primeira fase.

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O time foi Campeão da “Regional Sul” oito vezes nos anos seguintes ( 81,82,84,86,90-I, 90-II, 91-I y 91-II).

O mais legal é que sempre se montou o time com jogadores locais, da região de Arequipa, bem diferente do que se faz aqui pelo Brasil.

O primeiro estádio do FBC Melgar foi o “Campo de Santa Marta”, hoje, um presídio.

Assim como muitos clubes no mundo todo, o FCB Melgar enfrentou diversas crises economicas corredo por vezes o risco de desaparecer.

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Manda seus jogos no Estádio Mariano Melgar, com capacidade para 20 mil torcedores, e foi um dos estádios utilizados no Campeonato Sulamericano Sub 17 de 2001. Que tal uma olhada no estádio?

Abaixo algumas fotos que encontrei pela net:

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O site oficial do time é www.fbcmelgaraqp.com .

Pra quem gosta de vídeos, existem uma porção deles no youtube, segue abaixo um que mostra um pouco da torcida do time:

Boa sorte ao Melgar!

Palestra 1×1 Desportivo Brasil

Mais uma noite de futebol, pelo ABC. Aproveitando que acabei de postar sobre a camisa do Palestra de São Bernardo

Eu, a Mari e o Gui fomos até o Estádio do Baetão para assistir ao jogo Palestra x Desportivo Brasil, pelo Campeonato Paulista, série B.

A entrada dos jogos no Baetão é meio triste. Sem ingressos, sem ninguém… Mas vale a pena!

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Que droga… Exatamente o mesmo jogo que havíamos assistido na fase anterior (veja aqui o post sobre aquele jogo), mas tudo bem.

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A noite chuvosa não esfriou os ânimos dos atletas. Foi um jogo bem pegado, as duas equipes são bem montadas e tem grande chance de chegar à série A3 de 2010.

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Dessa vez, como chovia demais, preferi ficar nas numeradas e assistir o jogo quase na grade que separa o campo.

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Encontramos nosso amigo “Toninho” por lá. O Toninho é o dono de uma banca de discos e livros ali perto da estação de Santo André e uma das pessoas que eu mais gosto de debater futebol, rock, política e rolês de rua.

A hinchada “Loucos do Palestra” também compareceu, cantou o tempo todo (mesmo embaixo de chuva) e ainda fez a festa com fogos de artifício.

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 A chuva vinha e parava, atrapalhando o bom andamento do jogo, ainda mais pra duas equipesque tocam a bola como Palestra e Desportivo.

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O público foi pequeno, mas o campeão do desânimo foi o gândula quase dormindo na grade…

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Torcedor solitário… Jogo duro… Garoa… É assim a realidade da última divisão do Campeonato Paulista, e vale a pena, acredite!

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Mesmo a pequena arquibancada coberta não estava cheia e nem muito empolgada com o jogo.

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Pra dizer que não houve emoção, ainda no primeiro tempo, uma lâmpada da cabine de imprensa estourou e levantou a torcida.

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Vale lembrar que o principal diferencial do Estádio do Baetão é que o gramado é sintético:

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 Chuva, jogo pegado… Falta pra todo lado. Num dia desses, os que usam a 10 ficam mais no chão do que em pé.

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 Um momento “artístico”. O lateral do Desportivo segura a bola e olha para o vazio enquanto espera o juiz autorizar o reinício da partida.

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No segundo tempo as cadeiras cobertas ficaram mais cheias porque a chuva apertou, e foi dali que viram os dois gols da partida (primeiro do Desportivo e depois do Palestra).

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 Uma visão final do jogo…

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Ah, e um detalhe legal, o pessoal do São Bernardo, outro time da cidade estava por lá para acompanhar o jogo.

Abraço ao pessoal e fica aqui a promessa de em breve irmos assistir um jogo do Tigre. Ah, e estou buscando uma camisa do São Bernardo, assim que der posto ela por aqui.

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Abraços a todos!