Rolê por Buenos Aires parte 1

Bom, vou fazer um breve resumo da parte “boleira” do meu rolê por Buenos Aires. 

Logo de cara, eu e a Mari fomos visitar La Bombonera. Já fui várias vezes e a cada nova visita, sinto um novo arrepio. É sem dúvida um dos templos mundiais do futebol.

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E como o Boca jogava fora de casa, ou seja, não daria pra assistir nenhum jogo ali, aproveitei pra revisitar o Museu do Boca, que tem que servir de referência para qualquer clube do mundo.

Um museu que alia diversão e informação. Não é a toa que tem sempre movimento, independente da época do ano. A foto abaixo mostra uma parte do painel com fotos de todos os jogadores que já passaram pelo time. O terceiro da esquerda para a direita, da fileira de baixo é o brasileiro Heleno de Freitas, que segundo as lendas, teve um pequeno caso com Evita. 

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Para os loucos por camisetas e adereços, eles guardam mostras de uniformes de todas as épocas, sem contar os vídeos, e demais arquivos que mantém viva a memória do time.

Fiquei pensando como seria se cada clube brasileiro tivesse um quartinho com suas memórias guardadas… Tantos times que já nem disputam mais o futebol profissional… Triste né? Em breve ninguém se lembra.

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Fomos visitar um casal de amigos, o Hugo do Doble Fuerza e a Joana e a filhota Augustina, e eles moram em Parque Patrícios, há 3 quadras do estádio Tomas A. Ducó, a casa do Huracan.

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Infelizmente não conseguimos ir ao estádio, pois no mesmo dia teria o clássico Independiente x Racing (2×0) e não conseguimos ingressos pra partida, e sem ingressos não ia ficar passeando de bobo no meio das hinchadas que formam o segundo maior clássico da Argentina.

O Independiente venceu por 2×0.

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No dia seguinte, fomos conhecer o berço de Maradona, o Estádio do Argentino Juniores, que leva o nome do craque. Após dois dias de calor de 40 graus, pegamos uma bela chuva durante os 45 minutos de onibus e 10 minutos de caminhada até chegarmos ensopados ao Diego Armando Maradona.

Um estádio charmoso, todo coberto por desenhos e grafites, e pequeno. Chega a lembrar a Rua Javari. A nossa única decepção é que não deixaram a gente entrar pra bater umas fotos lá de dentro.

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Depois fui até a casa do nosso amigo Tano (vocalista da banda Muerte Lenta) que nos surpreendeu nos recebendo com uma antiga camisa do Santo André, que lhe dei de presente há quase 9 anos atrás.

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O Tano mora muito perto do estádio do Almagro. Aguardem a continuação dessa aventura…

6- Camisa do Boca!

Duas belas camisas que marcam épocas diferentes. Ambas vieram de Buenos Aires, a de mangas compridas minha mãe trouxe há quase 10 anos e a outra eu mesmo comprei numa das úlimas visitas que fiz à Argentina.

Sempre admirei o Boca, mas confesso que o fato dele estar se tornando um time “popular” no Brasil me deixa um pouco chateado. Não gosto quando paixão se transforma em consumo de massa, mas… Deixemos isso prum outro post.

A história do Boca Juniors é cheia de momentos mágicos. O primeiro deles, seu nascimento, em 1905, quando um grupo de jovens de La Boca se reuniu para fundar o clube.

A escolha do nome misturou “Boca”, do bairro de onde vinham à palavra inlgesa “Juniors”, que foi um jeito de deixar o nome menos agressivo (algumas pessoas tinham certa repulsa por la Boca, por ser um bairro periférico).

Aliás, o bairro La Boca é um bairro com muitos imigrantes italianos, por isso até hoje os torcedores do Boca se chamam de Xeneizes (filhos da cidade de Xena, que é como chamam Gênova).

A primeira camisa do Boca foi celeste escura. Depois foi uma de lã, azul e branca, com listras verticais, que perderam o direito de usar (esse direito foi disputado num jogo contra  um time que também usava as mesmas cores).

Assim chegou-se às cores atuais (azul e amarelo), inspiradas por um navio sueco que passava pelo porto.

O estádio é outro ponto diferenciado do Boca. La Bombonera é um espetáculo a parte e quem ama o futebol, deve visitá-lo ao menos uma vez na vida.

futebolestrategia.wordpress.com

Imagem do blog: futebolestrategia.wordpress.com

 

Para quem tiver a chance de visitar La Bombonera, há um museu (belo e muito emocionante) onde podem ser vistas as camisas, troféus, fotos, vídeos e muita informação. Uma prévia: www.museoboquense.com/home

Além de uma bela camisa e estádio, o Boca teve Diego Armando Maradona, em 1981 e depois em 1995, quando encerrou sua carreira como jogador.

Não creio que caiba nesse post tudo o que Maradona fez e representa. Sempre existirá a polêmica Pelé x Maradona, onde minha opinião é… Maradona.

Aliás, ele deve ser apresentado ainda essa semana como novo técnico da Argentina, quer apostar?

Gracias por existir, Dios...

Gracias por existir, Dios...

O site oficial do time é www.bocajuniors.com.ar/

E que venha a sétima camisa….